sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A paz do Senhor queridos co-herdeiros!


Hahah........co-herdeiros é da hora!

A musica é uma das formas mais maravilhosa de se expressar qualquer tipo de sentimento, seja amor, protesto, vontades, sonhos, fatos que aconteceram etc.
Davi era um cara bom em quase tudo, né galera? (menos no domínio próprio)... hahaha... zuera...
Imaginem só: frases escritas há quase 3000 anos por ele inspiram até hoje compositores a escrever belíssimas canções nos mais diversos ritmos e arranjos.
Quando estamos cheios do Espírito Santo nossas palavras já não são nossas, porém do Espírito. Davi era cheio do Espírito (cheíssimo ao ponto de ser considerado O HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS!). Essa tem que ser nossa inspiração, nossa fonte: o Espírito. 
Hermanos, estar cheio do Espírito causa impacto em quem esta perto, seja cristão ou não. Já aconteceu de você estar no meio de uma roda de conversa e do nada alguém lança aquele palavrão e, mais do nada ainda, sem você mover um músculo, o cara vira e te pede desculpas?!? Claro que num é sempre que rola isso...haha, mas...
Dica pra se encher do Espírito = BIBLIA... JEJUM... ORAÇÃO... E LOUVAR A DEUS EM QUALQUER SITUAÇÃO!
Comecei esse texto falando sobre musica por causa desse som que eu ouvi e reclamo porque eu que deveria ter escrito essa música!...hahaha
CHOREM NA RAMPA COM A LETRA!

O QUE DIZER

O que dizer
Pra tocar o teu coração
E te surpreender
Se tudo conheces de mim
Bem antes de eu falar
Não tenho em mim
Palavras pra te convencer
Se até o desejo
De te adorar vem de ti
Sou só uma criança
Me ensina o que fazer
Sinceramente, eu não sei
Por que me escolhestes pra ti
E que valor teus olhos viram em mim
Pode alguém como tu
Amar tanto alguém como eu
E me enviar pra ir em Teu nome.
AGORA CHOREM O TRIPLO NAS INVERSÕES DE ACORDES DESSE TECLADISTA!!!HAHAH
Esse cara pra mim ta no ranking com as 10 melhores intro de teclado do mundo!
Deus abençoe quem quer ser abençoado!
Rodrigo Scalco

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Todo ser que respira... (5)

Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder.
Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza.
Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa.
Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas.
Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes.

Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia.

Salmo 150









Quem deve louvar a Deus?


De tudo o que foi visto até aqui, deduzimos que o autor tinha um público específico em mente quando escreveu o Salmo 150: os levitas. Os levitas eram os encarregados dos vários serviços de manutenção do Templo, bem como pelo cuidado dos procedimentos litúrgicos, e eram os encarregados da música, como cantores e instrumentistas. Esses, com frequência, se desviavam dos propósitos, e amiúde devam péssimo testemunho. A tal ponto chegou a péssima fama deles que quando Jesus se refere aos levitas, o faz de maneira muito pejorativa, como no caso da Parábola do Bom Samaritano (ver Lc 10): o levita foi um dos que passou de largo daquele que havia ca[ido nas mãos do salteadores.
Ao que parece, os tais levitas tinham a tendência de achar que somente eles é que sabiam e podiam louvar a Deus adequadamente. Talvez se achassem mais espirituais, ou mais dignos, ou mais capacitados que os demais fiéis.
O salmista põe termo a essa presunção, explicitando quem são aqueles que podem e devem louvar ao Senhor: "Todo ser que respira". E ponto final. Para louvar a Deus não dependemos dos levitas,  nem quem quer que seja: basta que estejamos vivos/as. Aliás, a nossa própria vida é que é o nosso verdadeiro louvor. O louvor não é o dizemos, nem o que cantamos, nem os instrumentos que executamos: o louvor é a vida que vivemos de amor a Deus e ao próximo.
Dito isso, devemos então reconsiderar e assumir que os verdadeiros destinatários do Salmo 150 somos todos nós, que recebemos de Deus o fôlego de vida: "Porque nele vivemos, nos movemos e existimos" (At 17.28).


Aleluia!


Extraído do livro "Todo ser que respira... a missão da música na igreja", de autoria de Luiz Carlos Ramos. Editeo/Igreja Metodista

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Todo ser que respira... (4)

Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder.
Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza.
Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa.
Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas.
Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes.
Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia.

Salmo 150



Como Deus deve ser louvado?


Já sabemos a quem louvar, onde louvar e por que louvar. Mas, como devemos fazer isso? A resposta do salmista é muito criativa. Ele sugere que tomemos como paradigma a estrutura de uma orquestra.
Uma orquestra convencional, guardadas as devidas distâncias e diferenças entre as modernas e as dos tempos bíblicos, é constituída essencialmente por instrumentos de (1) sopro (madeiras e metais), (2) cordas e de (3) percussão.
Ora, todas essas classes de instrumentos são mencionadas pelo salmista:

  1. Sopro: trombetas (metais) e flautas (madeira);
  2. Cordas: harpas, saltério e instrumentos de cordas;
  3. Percussão: adufes (tipo de pandeiro) e címbalos (tipos de pratos, percutidos un contra o outro).
Nota-se que a ideia aqui apresentada não é, evidentemente, que cada instrumento se governe autonomamente e que todos se manifestem em um cacofonia (som feio ou desagradável) insana e competitiva, mas em perfeita harmonia, em mútua cooperação - como o apóstolo Paulo recomenda aos Romanos (15.6): "para que concordemente [num só coração] e a uma voz glorifiqueis a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo."
Disso infere-se que a variedade e a multiplicidade de dons e talentos podem e devem estar a serviço do culto e da adoração. As diferenças somam, quando colocadas a serviço da harmonia conduzida pelo grande Mestre e Maestro do universo.
Chama a atenção também a referência sem paralelo, que o salmista faz às "danças", no versículo 4. O autor redige uma sequência de paralelismos deixando a dança como elemento central e único:


A - Trombetas (sopro)
B - Saltérios (cordas) - neste caso, tipo de instrumento de cordas dedilháveis, semelhante à cítara.
B - Harpa (cordas)
A - Flautas (sopro)
C - Adufes (percussão) - tipo de pandeiro, feito de madeira leve com membranas retesadas de ambos  os lados.
D - Danças
B - Instrumentos de cordas (cordas)
A - Flautas (sopro)
C - Címbalos sonoros (percussão) - instrumento de percussão constituídos de discos de metal, pendentes na posição horizontal, que se percutem um sobre o outros; pratos.
C - Címbalos retumbantes (percussão) - semelhante aos sonoros, mas maiores. Os sonoros se utilizam nos dedos, como castanholas, os retumbantes com as mãos.


Essa estruturação literária, com base em paralelismos, é frequente na cultura semita e recebe o nome de Quiasmo. A sutileza do sistema está justamente naquele elemento que fica desparceirado, sozinho. A rigor, é justamente esse elemento solitário que constitui no central ou mais relevante da estrutura narrativa.
Se este for o caso deste salmo, então, deve os rever o nosso jeito de interpretá-lo. Para a nossa cultura (ocidental), a maneira como a "dança" é mencionada não parecia indicar ou sugerir qualquer destaque. Mas, se levarmos em conta a estrutura semita, então todo o peso recai justamente sobre a "dança" (mahol, em hebraico).
Curioso é que, ao longo da história, a Igreja tenha sistematicamente combatido esse tipo de expressão artística, por associá-la com o que se passava nas festas pagãs. No entanto, é só procedermos a uma análise honesta que concluiremos, com facilidade, que o problema não está na dança em si, mas com o sentido e no propósito com os quais se dançam.
Dançar, segundo os dicionários, é movimentar o corpo com intenção artística, obedecendo a um determinado ritmo musical ou como forma de expressão subjetiva ou dramática. Portanto, a arte, que é o que nós temos de mais próximo de Deus na cultura humana, oferece múltiplas possibilidades para expressarmos objetivamente os nossos sentidos, sensações e intenções subjetivas.
Naturalmente, se a "intenção" é necessária para que a dança seja arte, não faz sentido uma movimentação aleatória e vazia de significado. A dança deve ser, portanto, inteligente e inteligível.
É, igualmente, expressão coletiva. Essa dança da qual fala o Salmo 150 reporta-se às evoluções coreográficas realizadas pelo povo em suas festas e solenidades, e que eram realizadas, portanto, coletivamente e de maneira sincronizada, de modo que os corpos humanos chegavam a formar "desenhos em movimento".
Mas o que há de mais significativo nesta menção à dança é o fato de que o salmista traz o corpo para o culto. Sim, aquilo que durante séculos foi negado, na maioria ds contextos religiosos cristãos, é de vital importância para a espiritualidade bíblica. No entanto, essa centralidade do corpo não deveria causar estranheza nem provocar rejeição, uma vez que a principal doutrina cristã é justamente a da encarnação do Verbo: Deus se fez corpo em Cristo. Desde então, a negação do corpo deveria ser encarada como heresia, como o faz o autor das epístolas de João: "Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus" (1 Jo 4.2). Os que pensam diferentemente são anticristos, contra Cristo; "e todo que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo" (1 Jo 4.3).
A dança está no centro hierárquico do "como cultuar" porque mesmo que não tenhamos uma orquestra, nem órgão, nem violão nem mesmo uma flauta... e mesmo que a própria voz nos falte, ainda assim temos os nossos corpos para adorar a Deus. É com o corpo todo que cumprimos o grande mandamento: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e [não nos esqueçamos do outro lado da moeda]: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Lc 10.27).


Extraído do livro "Todo ser que respira... a missão da música na igreja", de autoria de Luiz Carlos Ramos. Editeo/Igreja Metodista

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Todo ser que respira... (3)

Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder.
Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza.
Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa.
Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas.
Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes.
Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia.

Salmo 150





Por que Deus deve ser louvado?


A próxima pergunta, a que o salmista responde é: Por que louvar? Sua resposta aponta dois motivos: pelos "poderosos feitos"de Deus e por causa da sua "muita grandeza".
Louvamos, portanto, a Deus por aquilo que Ele faz e por aquilo que Ele é.

  • Adorar pelo que Deus faz: Os feitos de Deus são poderosos. Deus cria o universo, o ser humano, os animais, os vegetais e os minerais de toda espécie, e também preserva e nutre sua criação; Deus salva o/a pecador/a, em Cristo, por sua graça eterna; Deus acolhe os seres aflitos e ouve o clamor dos/as oprimidos/as; Deus perdoa, cura, restaura; Deus julga e aplica a justiça e o direito, fartando de bens os pobres e repreendendo a ambição dos ricos; Deus visita a sua Igreja e a comissiona para que faça parte da sua missão no processo de implantação do seu reinado... Todos esses e muitos outros são motivos para louvarmos a Deus.
  • Adorar pelo que Deus é: também devemos louvá-lo por aquilo que Ele é. Deus é onipotente, onisciente, onipresente; Deus é justo e santo, benigno e misericordioso; Deus é amoroso, é Pai materno, é castelo forte, refúgio e fortaleza, é abrigo e amparo... As palavras de John Wesley sintetizam bem essa atitude de louvor quando exclamam: "Ó Deus, meu Deus, tu és meu tudo...".
Quando nos apresentamos diante de Deus para adorá-lo, devemos trazer à memória esses motivos maravilhosos, para que nosso louvor seja consistente e condizente com aquele que haverá de recebe-lo.


Extraído do livro "Todo ser que respira... a missão da música na igreja", de autoria de Luiz Carlos Ramos. Editeo/Igreja Metodista

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Todo ser que respira... (2)

Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder.
Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza.
Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa.
Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas.
Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes.
Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia.

Salmo 150



Onde Deus deve ser louvado?


O salmista parece ter diante de si interlocutores que, como a mulher samaritana fez com Jesus séculos mais tarde (ver Jo 4.20), questionam: "uns dizem que o lugar certo de se adorar é aqui, outros dizem que é acolá. Qual é, afinal, o lugar certo para louvar?"
A resposta do salmista é inequívoca: há dois lugares privilegiados para louvar a Deus: no "santuário"e no "firmamento".
Provavelmente havia alguns que diziam que o louvor só era válido se fosse no Templo. Outros, críticos do sistema, rejeitavam o Templo e tinham muitos motivos para isso, pois este, com frequência, se convertia em "casa de salteadores"e lugar de "vendilhões", sem falar na exploração do povo, promovida pelos profissionais da religião, por meio da cobrança de onerosos impostos. Havia, portanto, quem defendesse e quem rechaçasse o templo.
O salmista defende, por um lado, o Santuário. Sim, há um lugar construído especialmente com a finalidade de oferecer ao povo um espaço condizente para prestar sua homenagem ao seu Deus. Mas há um "porém": o Templo, obra de mãos humanas, deve estar a serviço ao culto, e não o contrário. O culto não depende do Templo, é o Templo que existe por causa do Culto. Por essa razão, o autor do salmo acrescenta: "louvai-o no firmamento, obra do seu poder". O vasto Universo é o grande Templo no qual Deus deve ser louvado. E, como se comprovará mais adiante, o próprio corpo humano será exaltado como lugar privilegiado da habitação divina, sim: "Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós [...]?"(1Co 6.19).
Deus é maior do que o Templo. Deus está no Templo, mas não está confinado a ele: as abas das suas vestes já são suficientes para preenchê-lo completamente. A glória de Deus está no templo, mas não está restrita a ele. A glória de Deus ultrapassa o templo e inunda o mundo "como as águas cobrem o mar"(ver Is 6.1-3).
Concluímos, então, que o lugar certo para adorarmos a Deus é qualquer lugar sob o céu, ou seja: "no firmamento". Não é o espaço que condiciona o culto, mas o culto que define o espaço. É bom que tenhamos edifícios próprios para adorarmos, mas nunca devemos nos esquecer que, independentemente do lugar, "os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito e em verdade"(Jo 4.23).


Extraído do livro "Todo ser que respira... a missão da música na igreja", de autoria de Luiz Carlos Ramos. Editeo/Igreja Metodista

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Todo ser que respira... (1)

Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder.
Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza.
Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa.
Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas.
Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes.
Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia.

Salmo 150


Quem deve ser louvado?

O tema do salmo é apresentado na primeira palavra. A expressão "aleluia" (halal, no hebraico) pode ser traduzida por "louvar", mas é muito mais rica e praticamente sem equivalente em português. Por isso, ao longo da história, optou-se pela transliteração adaptada do termo original. Trata-se, portanto, de um "hebraísmo", isto é, uma construção própria da língua hebraica. E isso se deu em praticamente todos os lugares do mundo. Onde quer que se vá, o termos "aleluia", com algumas poucas modificações, ficou preservado, Virou uma palavra mundial.
"Aleluia", portanto, é uma expressão carregada de sentidos, que não pode ser traduzida por uma única palavra. Ela exprime um sentimento, um modo de pensar, um estado de espírito, uma disposição de ânimo, um jeito, enfim, de ser  e de agir diante do Sagrado.
Secularmente, no entanto, "louvar" tem sentido mais limitado e significa "enaltecer (alguém ou a si próprio) com palavras; dizer bem de; dirigir louvores a; elogia (-se). gabar (-se)" e seu emprego não está necessariamente restrito ao Sagrado. Pode-se louvar, elogiar, uma pessoa ou uma divindade.
O Salmo 150, porém, deixa muito claro o sentido que o autor dá ao termo, e quem é aquele que deve ser louvado: "Louvai a Deus".
A Bíblia emprega vários verbetes para designar Deus. Neste salmo, em particular, a palavra empregada é YaHWeH, ou Javé. Trata-se do nome mais sagrado de Deus, com o qual Ele se auto-designou ao apresentar-se a Moisés, do meio da sarça ardente. Este é o nome que não deve ser tomado em vão, preceito que encabeça a lista dos Dez Mandamentos. Para pronunciar esse nome, os hebreus tinham de realizar todo um processo de purificação. Muitas vezes, quando liam as Escrituras Sagradas, simplesmente substituíam o nome de Deus por um silêncio e por um gesto de inclinação do corpo.
Assim, está plenamente respondida a pergunta: Quem deve ser louvado? Reposta: O Único, o Santo, o Sagrado, Deus Javé. Mas nunca de maneira banal, nunca deixando escapar da boca, descuidadamente, o Nome Sagrado. Assim, quando louvamos, devemos ser "econômicos" em nossas palavras, evitando, principalmente, banalizar o Nome de Deus.

Extraído do livro "Todo ser que respira... a missão da música na igreja", de autoria de Luiz Carlos Ramos. Editeo/Igreja Metodista

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Levando de forma correta a presença de Deus

Olá,

Em nossa última reunião compartilhei com os membros do MMA sobre o texto de 1 Crônicas 13.1 a 11.

Vai lá dar uma lida...

Já leu? Então vamos lá.

Bom, esperando que você tenha lido o texto, você pode pensar: o que isto tem a ver com o nosso ministério? O que tem a ver comigo?

Vamos primeiro meditar no texto. A história é simples: o rei Davi queria levar para Jerusalém a Arca da Aliança, que há muito tempo estava fora do arraial de Israel. A Arca era algo muito mais do que um símbolo, continha a própria presença manifesta de Deus. Onde estava a Arca da Aliança havia a manifestação de Deus, seja para bênção, quando aqueles que cuidavam dela estavam de acordo com os mandamentos, seja para maldição, quando em mãos inimigas ou de pessoas não consagradas.

A Arca havia sido roubada pelos filisteus, mas esses foram acometidos de doenças e mandaram a Arca de volta ao território de Israel, primeiro para a Bete-Semes, onde alguns curiosos quiseram ver o interior da Arca e morreram. Com medo, os de Bete-Semes não quiseram ficar com a Arca, e ela foi parar na casa de Abinadabe, em Quiriate-Jearim, onde permaneceu por 20 anos. (Veja 1 Samuel capitulo 6 e início do capítulo 7).

Após esses vinte anos, o rei Davi decidiu que a Arca deveria voltar para Jerusalém. Ele consulta as autoridades, o povo, sacerdotes e levitas e todos concordam em trazer a Arca. Foi feita uma grande preparação, um carro novo, puxados por bois, muitos instrumentos, cantos, danças e toda a pompa para a chegada da Arca. Mas no caminho os bois tropeçam e a arca tomba. Para evitar a queda, Uzá estende a mão e tenta amparar o objeto sagrado, mas morre imediatamente.

O que houve? O que deu errado?

Eles não obedeceram a Deus. Às vezes o que parece com a vontade de Deus não é exatamente assim. Veja que o que Davi falou no início do texto (v.2): "SE bem vos parece, e vem isso do Senhor nosso Deus..." Vejam que não foi consultada a vontade do Senhor, mas foi levado pelo "bom senso". Bom senso, sem orientação divina, é "achômetro"humano e pode levar à morte. O que eles queriam fazer parecia bom, mas até a bondade, sem santidade, pode levar à morte. Haviam regras claras sobre como a Arca deveria se levada (veja Ex 20.10 a 22; 37.1 a 9 e Nm 4.15): deviam ser levadas nos ombros dos sacerdotes e seguras pelos dois varões que estavam nas argolas laterais da Arca. Não deveria ser carregada num carro de boi, mesmo que novo, e isso foi um erro terrível. Foi uma omissão tanto do povo quanto dos levitas, dos sacerdotes e do próprio rei. Jesus mesmo disse: Errais não conhecendo as escrituras nem o poder de Deus (Mt 22.29).

- O primeiro erro foi não buscar a vontade de Deus.
- O segundo erro foi não conhecer e nem consultar as escrituras.
- O terceiro erro foi se acostumar com a presença da Arca.

Porque? Veja que Uzá, aquele que tocou a Arca e morreu, era filho de Abinadabe, ou seja, a Arca estava na casa dele todos esses anos. Por vinte anos aquele objeto sagrado estava diante dele. No início deveria haver muito medo, até mesmo terror, visto que a Arca chegara ali porque tantos os filisteus quanto os de  Bete-Semes haviam presenciado terror e morte na presença dela. Com muito medo receberam esse "presente". Devem ter passados apreensivos no primeiro ano, mas nada de ruim aconteceu, muito pelo contrário, a casa de Abinadabe prosperava é era abençoada. O segundo ano foi menos tenso, com menos medo, depois o terceiro, o quarto ano, até passarem-se vinte anos, e a Arca ali, quieta, sem dar trabalho algum. Eles se acostumaram com o objeto. De repente não havia mais medo, já estavam "íntimos"dele.

Por vezes, pela vivência na igreja, num ministério, por estar constantemente no altar, a gente se acostuma, já não há mais mistério, já não há mais temor, nos acostumamos com a presença de Deus tanto que nem nos preocupamos em nos santificar... ai mora o perigo, e foi isso que aconteceu com Uzá, ele esqueceu que aquele objeto era Santo, era a própria presença de Deus, não era qualquer um que podia tocar nele, ele não poderia ser levado de qualquer jeito... dai resultou a morte.

E nós, o que temos com isso?

Salmo 22.3 diz que Deus habita no meio dos louvores. Outras traduções dizem que no Ele está entronizado entre os louvores, ou sejam onde há louvor há a presença manifesta de Deus, e nós, hoje, somos responsáveis a conduzir os louvores na igreja por meio da música e de outras formas de expressão. Somos responsáveis por propiciar à igreja uma vivência, uma inspiração para que cada um possa experienciar a presença de Deus. Simbolicamente nós carregamos a Arca, a presença de Deus. E como temos feito isso? Vejamos os erros básicos cometidos por Davi e Uzá?


- O primeiro erro foi não buscar a vontade de Deus.
- O segundo erro foi não conhecer e nem consultar as escrituras.
- O terceiro erro foi se acostumar com a presença da Arca.
- E há um outro: não se santificaram para receber a Arca.

- Você, na condução da sua vida pessoal e no MMA tem buscado antes de qualquer coisa a vontade de Deus e tem se submetido a ela?
- Você, como cristão em primeiro lugar, e como ministro de louvor, tem intimidade com a Palavra de Deus, tem estudado diariamente, tem praticado a Palavra no seu dia-a-dia?
- A sua vida cristã e ministerial está ligada no automático? Você já se acostumou com a vivência na igreja que nem se importa mais, o mistério da vida com Deus se tornou em uma rotina, uma obviedade para você?
- A sua vida de santificação se consiste em fazer uma oração rápida antes de tocar ou cantar na igreja?

Observe sua vida, observe seu ministério. A forma como você o leva pode conduzir a presença de Deus a muitos e muitos, derramando bênçãos sem medida, ou podem conduzir à morte tanto sua como a das pessoas que estão ao seu redor.

Reflita, corrija o seu proceder naquilo que for necessário, santifique-se e venha trabalhar para o Senhor com alegria, disposição e santidade.

Com amor e em Cristo Jesus,

Rogério

terça-feira, 27 de abril de 2010

Você está vivo? Então louve!

Abaixo uns trechos de um texto da Soraya Junker, do ministério Toque de Poder, retirado daqui: http://blogdointercessor.zip.net/index.html

"Louvado seja Deus em todo tempo, em todo lugar. A quem louvamos? Louvamos ao Senhor, nossa fonte de vida e inspiração; nossa motivação maior; nossa razão de existir. Quando falamos de louvor, surge uma variedade de entendimentos, experiências, visões e porque não dizer, divisões. Na caminhada da Igreja há muitas coisas que incomodam no “louvor” (leia-se louvor o momento de cânticos do culto), pensando nessa direção, veio ao meu coração o desejo de discernir o que incomoda a Deus no louvor, afinal, ele é nossa fonte e alvo.

O que incomoda Deus no louvor?

  • Não é o som alto, como muitos se incomodam no meio da Igreja, mas o barulho de corações vazios de amor, que retinem como címbalos ou bronze que soa. Que parecem expressivos diante dos homens, mas não refletem o caráter Daquele que É.
  • Não é o estilo de música, mas o estilo de vida de alguém que não opta pela santidade sabendo ser essa a vontade expressa do Pai. “É a vontade do Pai a vossa santificação” ( I Ts 4.3); o estilo de vida que não condiz com a nova vida em Cristo Jesus.
  • Não é quantidade de cânticos, mas a quantidade de declarações não verdadeiras, que não passam de meras repetições não vividas nem desejadas, pois são fruto do mero conhecimento da mente, mas que não fazem eco no coração.
  • Não é o tempo que demora, mas a demora em reconhecer os seus feitos e a necessidade contínua de que sem Ele nada podemos fazer e que é continuar crescendo em conhecimento, não da letra, simplesmente, mas do espírito; crescendo em Graça.
  • Não são as expressões ausentes, se não, no coração. Mãos que se levantam, mas não com o coração, como diz o profeta Jeremias em suas lamentações: “ levantemos o coração juntamente com as mãos (Lm 3.41).
Irmãos e irmãs, a palavra de Deus registra a experiência de homens e mulheres que entenderam a dinâmica do verdadeiro louvor. Do sepulcro não sai louvor, somente os vivos te louvam... todo ser que respira louve ao Senhor.

Pequenas grandes diferenças entre vivos e mortos:

Os mortos não mexem sequer um dedo – os vivos se movem diante do Trono;
Os mortos não abrem mais a boca – os vivos falam daquilo que ouvem e tem visto;
O mortos não andam, estão parados – os vivos andam em direção ao mais;
Os mortos não se comprometem mais – os vivos namoram , noivam e casam....se comprometem.
Os mortos não respiram mais – os vivos respiram continuamente e por isso continuamente louvam, exaltam e engrandecem Aquele que É, era e há de vir.

VOCÊ ESTÁ VIVO? ENTÃO LOUVE!
Soraya de Lima Junker – Ministério Toque de Poder

segunda-feira, 15 de março de 2010

Expiramos Louvor e inspiramos a Graça de Deus

Esse é um texto da Joseli, que nesse final de semana deu a Capacitação Vocal para o MMA. Vale a pena ler... o blog dela é: http://viamusicasacra.blogspot.com/. Vale a pena dar uma olhada!
SALMO 150

Todo ser que respira louve ao Senhor! É assim que termina o Salmo 150, último texto poético escolhido para fechar com chave de ouro esta bela coleção de cânticos e orações que tanto nos inspiram.

A voz do salmista encontra eco na voz de toda criação de Deus que o louva por tudo que tem feito às suas criaturas. O louvor é a respiração da igreja. Deus sopra sobre nós o seu Espírito e nós respiramos este ar pleno de vida e de alegria. É por isto que quando louvamos nosso coração deve estar cheio de alegria e gratidão ao Pai: recebemos dEle a motivação que nos faz louvar.

Nós como igreja e como parte da criação de Deus, devemos louvá-lo e exaltá-lo em toda e qualquer circunstância. Assim, formamos uma grande orquestra que soa em altos louvores tal como deveria ser o louvor no templo no tempo de Davi. O próprio Salmo 150 nos dá pistas para “ouvirmos” este som.

Quando lemos o Salmo e nos deparamos com instrumentos como trombeta, saltério e harpa, adulfes, cordas e flautas, címbalos e ainda com dança, isto é, expressando todo este louvor com todo o ser, percebemos que Deus gosta de alegria, de festa, de júbilo.Ele nos criou com corpo, movimento, expressão e muita alegria. Não é a toa que Ele mesmo nos diz para reconhecermos sua grandeza louvando com júbilo.

Nós como igreja nos dias de hoje temos infinitas opções de instrumentos, dos mais simples aos mais sofisticados. Temos grupos vocais, corais, solistas, enfim, temos material humano suficiente para produzir um som bom e agradável a Deus. Mas nada disto pode ser o perfeito louvor, se não estivermos atentos a um detalhe: Todo Ser que respira, louve ao Senhor! Somos nós quem louvamos, e não os instrumentos. Deus quer todo nosso ser, nosso corpo físico e espírito.

Todo ser! Não sou eu ou você, mas todo ser que respira, que tem vida! Respiramos a graça de Deus todos os dias quando sentimos seu cuidado, proteção e amor. Nada mais justo e agradável aos olhos do Pai expirarmos tão grande amor louvando, cantando, batendo palmas e cantando bem alto: “aleluia! Louvai a Deus no seu santuário, louvai-o no firmamento, obra do seu poder!”

segunda-feira, 8 de março de 2010

30 erros que o ministro de louvor NÃO pode cometer

Por Ronaldo Bezerra


1. Não se preparar musicalmente e espiritualmente para a ministração

    Devemos nos apresentar como obreiros aprovados (II Tm 2:15).

a) Aspecto espiritual
- É necessário oração e leitura bíblica diariamente. A base de todo ministério é a oração e meditação. O que se pode esperar de alguém que não medita e não ora? A.W.Tozer disse: “Nunca ouça um homem que não ouve a Deus”.
- Um ministro que não ora e não medita, deixa de ser um homem de Deus para ser um profissional do púlpito.
- Se desejamos ter um ministério mais ungido precisamos entender que o endereço da unção está no altar.

b) Aspecto musical
- É preciso realizar ensaios para que haja entrosamento.
- Tenha uma lista definida dos cânticos; quando forem novos, providencie cifras.
- É necessário concentração total durante os ensaios, evitando distrações, brincadeiras e conversas paralelas.
- Estar atento às orientações, arranjos, rítmica, andamento, métricas, etc.
- Estude música. Muitas vezes a congregação “suporta” em amor a falta de técnica e afinação mínima dos que tocam e cantam.

2. Nunca preparar a ministração
- Devemos ter habilidade para improvisar, porém, isso não deve ser a regra.
- Quando o ministro não faz a “lição de casa” acaba ficando fácil perceber, não há seqüência coerente nos cânticos, há erros nos acordes e na seqüência da música cantada, não há expressão, há insegurança, etc.
- Os que ministram de improviso, demonstram não levar a sério o lugar que ocupam na obra de Deus (Jr 48:10). O Espírito Santo não tem compromisso com ociosos, preguiçosos e displicentes.
- Já avaliamos o preço que muitos pagam para estar no culto para participarem da adoração a Deus? Façamos o melhor para o Senhor!

3. Atrasar nos compromissos sem dar satisfação
- O músico maduro tem conhecimento das suas responsabilidades e procura cumpri-las à risca. Portanto, seja responsável e chegue aos horários marcados! Se houver problemas ou dificuldades, comunique-se com sua liderança.
- Quando não damos satisfação sobre nosso atraso estamos agindo com irresponsabilidade, e em outras palavras, estamos dizendo “isso não é importante pra mim!”.

4. Não aceitar as críticas
- Quem não aceita críticas, acaba caindo na mediocridade e se torna um ministro sempre nivelado por baixo. As críticas servem para não deixar que caiamos no conformismo e paremos de crescer.
- Devemos receber as críticas com um espírito humilde e disposto a aprender. Quem não é ensinável e não gosta ser contrariado, não pode atuar em nenhum ministério na igreja.

5. Começar a ministração sem introdução e falar sobre verdades sem nenhuma demonstração de amor
- Não seja “juiz” das pessoas.
- Mostre a graça de Deus e o amor.
- Não seja grosseiro e indelicado.
- Seja amável e educado. A introdução pode determinar o sucesso de toda a ministração. Esse primeiro contato é “chave” para uma ministração abençoada e abençoadora.
- Uma boa introdução cativa a atenção das pessoas, desarma as mentes e prepara o caminho para compreensão e recepção da ministração.
- Uma boa ministração precisa ter um começo, meio e fim.
- Não seja muito prolixo e cansativo na introdução. Deve ser o suficiente para abrir a porta das mentes a fim de que as pessoas recebam aquilo que Deus tem reservado para cada uma delas.

6. Utilizar o púlpito para desabafar
- Uma mente cansada não produz com qualidade e o estresse pode levar a pessoa a falar o certo, mas no lugar errado. Púlpito não é lugar para desabafos, é lugar para profecia!
- Tratemos a igreja do Senhor de forma respeitosa (I Pe 5:2-4).

7. Gritaria
- Não confunda “gritaria” com unção, autoridade e poder. Muitos por não terem o equilíbrio e sensibilidade, tornam-se ministros irritantes, exagerados e em alguns casos, quase insuportáveis.
- Quem fala deve respeitar a sensibilidade e boa vontade dos que ouvem (I Co 14:40).
- Não é gritando que se alcança o coração das pessoas, mas sim, com unção, habilidade na comunicação e criatividade.
- Há ministros que cantam e falam tão alto e agressivamente, que deixam a impressão de que estão irados com o público. Quem sabe usar de forma inteligente sua voz e os equipamentos de som disponíveis, com certeza alcançará grandes resultados.

8. Expor os músicos, dirigentes ou técnicos durante a ministração
- Por vezes, alguns cometem erros durante a ministração, logo os outros músicos percebem e começam a rir, ou surgem olhares de reprovação, expondo diante de todos, aquele que errou.
- Devemos ser discretos, e quando errarmos, encararmos com naturalidade, sem expor nossos companheiros, porque apesar de estar na frente da congregação, estamos diante do Senhor, ministrando à Ele, e Ele sabe como e quem somos.
- Muitos estão magoados e chateados por terem sido expostos na frente dos outros. Tenhamos uma atitude de amor e respeito uns para com os outros.

9. Tocar, cantar ou dançar com outros ministros sem ser convidado
- Se algum ministro de outra congregação for convidado para ministrar em sua igreja, não suba no púlpito para ministrar sem ter sido chamado e convidado. Isto é falta de educação. Não seja mal educado!
- Muitos, por falta de educação e sensibilidade acabam atrapalhando a ministração daqueles ministros que foram convidados no culto.

10. Usar muitas ilustrações e dinâmicas durante a ministração
- Muitos querem “pregar” durante o louvor. O exagero de histórias, testemunhos, dinâmicas e ilustrações durante os cânticos, comprometem a essência e o propósito da ministração. Ministre cantando! Flua!
- Cuidado com manipulações! Não devemos tratar o público como “macacos de auditório”. Não peça para o público repetir frases feitas o tempo todo, gestos o tempo todo, além de se tornar algo cansativo, o ministro pode cair no ridículo diante do público.
- Evite deixar “brancos” entre um cântico e outro; para isso é indispensável desenvolver um bom entrosamento com os músicos, combinar sinais, etc.

11. Contar histórias ou piadas fora de hora
- Algumas histórias ou piadas, nunca deveriam ser contadas no púlpito da igreja. Não vulgarize o púlpito. Muitos querendo ser descontraídos acabam se tornando desagradáveis, fazendo colocações em momentos inapropriados, e por vezes dizem coisas com duplo sentido.
- Púlpito é lugar de profecia e não palco para piadas. Fomos chamados para ser profetas e não humoristas.

12. Ministrar o tempo todo com os olhos fechados ou olhar só para uma direção
- É importante olhar para as pessoas. Os olhos têm um poder impressionante de captar e transmitir mensagens não verbais.
- É importante transmitir amor, alegria e paz através do nosso olhar. Através de um olhar podemos abençoar as pessoas. Os que fecham os olhos ao ministrar, nunca vão saber avaliar seus ouvintes, lendo suas expressões faciais.
- Para alcançar a atenção de todos, é necessário olhar em todas as direções. Olhar só para uma direção pode transparecer que as pessoas não são importantes, ou que não precisam participar daquele momento de ministração.
- Estamos diante de Deus, mas também estamos diante do público. Estamos ministrando a Deus, mas também sendo instrumentos para abençoar a congregação.

13. Exagerar nos improvisos
- A disciplina e a maturidade musical é algo que todo músico deve buscar. Precisamos entender que pausa também é música.
- Acompanhar um cântico antes de tudo, é uma prática de humildade e sensibilidade. Nas igrejas, geralmente, os instrumentistas e cantores querem mostrar sua técnica na hora errada. O correto é usar poucas notas, não saturar a harmonia, inserir frases nos espaços melódicos apenas, e o baterista conduzir. Economize informações musicais!
- Instrumental: Procure tocar o que o arranjo está pedindo, sem se exceder. Todo músico deve aprender a se “mixar” no grupo, aprender a ouvir os outros instrumentos, afinal, é um conjunto musical.
- Vocal: Procure cantar a melodia, fazendo abertura de vozes e improvisando apenas em momentos específicos, criando assim, expectativa. Muitas vezes a congregação não consegue aprender a melodia da música por causa do excesso de improvisos dos dirigentes e cantores.
- Avalie o que está tocando e entenda que o trabalho é em equipe, e não apresentação de seu cd solo.
- Procure gravar as ministrações, para que seja feita uma avaliação e as correções necessárias.
- Tocar e cantar de forma madura e eficiente requer disciplina, auto-análise e constante aprendizado.

14. Não ter expressão durante a ministração dos cânticos
- Não seja um “alienígena” em cima do púlpito. Participe de todos os momentos!
- A entonação da voz também é importante. Não combina, por exemplo, falar sobre alegria com uma entonação e um semblante triste e melancólico. Você pode contagiar o público através da sua expressão e entonação de voz.

15. Comunicação inadequada ao tipo de público
- Ser sensível ao tipo de público que estamos ministrando e utilizar uma linguagem adequada. A dinâmica de um culto congregacional é diferente, por exemplo, de uma reunião de jovens, ou crianças, evangelismo, etc. Não trate um público maduro, por exemplo, utilizando uma linguagem de criança e vice-versa.
- Cuidado com erros de português, vícios de palavras e gírias. Não precisa ser formal, seja natural, sempre observando o público que você está ministrando.

16. Vestimenta inadequada
- Sua vestimenta deve ser coerente ao tipo de ambiente e reunião que você estará ministrando.
- Cuidado com vestimenta inadequada, tipo roupa justa, cores chamativas, etc.
- Esteja atento a sua aparência – cabelos penteados, dentes escovados, maquiagem leve, usar desodorante, perfume, etc. Lembre-se que o púlpito é uma vitrine. Quem está ministrando passa a ser alvo de observação em todos os sentidos.

17. Cantar cânticos com o qual não está familiarizado
- Não conhece o cântico, não cante! Não sabe tocar o cântico, não toque!
- Para ganhar confiança do auditório, é preciso demonstrar convicção e certeza sobre o que está ministrando. Conhecer bem e ter domínio do cântico ministrado, é imprescindível para que o ministro atinja seu objetivo.

18. Cantar fora da tessitura vocal
- A escolha do tom de uma música depende do canto; este deve ser dentro da tessitura vocal e confortável para ela. Mesmo que o tom escolhido não seja o mais confortável para o instrumentista ele deve executá-lo. Na música onde há o canto, a ênfase é para a mensagem, portanto, não deve ser interferida por outros elementos.
- Muitas músicas que ministramos na igreja não fluem como poderiam, por causa da escolha errada da tonalidade. Por vezes, o tom é muito alto e as pessoas não conseguem cantar.
- O tom pode influenciar na sonoridade da música vocal com acompanhamento, bem como causar danos nas cordas vocais.

19. Elaborar um repertório inapropriado ao tipo de reunião
- Elabore um repertório adequado ao tipo de reunião. Por exemplo: reunião de jovens, evangelismo, santa ceia, etc; o repertório de um culto dominical é diferente de um lançamento de um cd por exemplo.
- Elabore uma seqüência lógica no repertório, ou seja, músicas de celebração, músicas de adoração, músicas de comunhão, etc. A ministração é como um “vôo de avião”, tem um destino.

20. Cantar muitas músicas num período curto de ministração
- Elabore um repertório adequado ao tempo de duração do louvor (conferir com o pastor).
- Dependendo do tempo dado a ministração, não será necessário uma lista extensa de músicas. Esteja atento à maneira como o louvor está transcorrendo e explore um determinado cântico quando perceber que está fluindo profeticamente.
- Muitos exageram no tempo da ministração dos cânticos e passam do horário estipulado, atrapalhando assim, o andamento da reunião. Muitos não se importam se estão agradando ou não. Quando excedemos os limites, podemos cansar o auditório, não atingir os objetivos definidos e forçar a reunião a terminar fora do horário.

21. Ensinar muitas canções num período de ministração
- Para que haja participação do público, procure ensinar durante a ministração, um ou dois cânticos. Procure repetí-los para que todos guardem bem a letra e melodia.
- Quando se ensina muitas músicas num período de louvor, o público não consegue assimilar as canções, causando uma dispersão.

22. Cantar sempre as mesmas músicas nas ministrações
- A Bíblia nos estimula a cantarmos um cântico novo (Sl 96:1). Porque cantar um cântico novo? Para cantar com o coração e não apenas com a mente. Cantar o mesmo cântico em todos os cultos pode se tornar cansativo e enfadonho, e as pessoas acabam cantando apenas com a mente.
- Cometemos um grande erro quando nunca reciclamos o nosso repertório. Reciclar, significa, “atualizar-se para obter melhores rendimentos”. Os ministros devem sempre estar atualizados, escutando boas músicas, consultando a internet, etc.

23. Cantar canções sem a direção do Espírito Santo
- É o Senhor que sabe qual é o cântico certo para a hora certa.
- Devemos tomar cuidado para não cantarmos cânticos que nos identificamos sem ouvirmos o Espírito Santo (I Co 14:8). Muitos só querem cantar cânticos que se identificam apenas atrapalhando assim, o fluir da reunião. Estejamos atentos e sensíveis a voz do Espírito Santo.

24. Não avaliar o conteúdo dos cânticos ministrados
- Muitos estão ensinando canções para a igreja que estão na “moda”, mas que não possuem um conteúdo bíblico correto. Devemos avaliar biblicamente o que estamos ensinando e cantando dentro de nossas igrejas.
- Cantemos cânticos teologicamente corretos
- Cantemos a Palavra de Deus! A Bíblia é o “hinário” de Deus. Quem canta a Palavra de Deus, amanhã não vai precisar pedir desculpas pelo que ensinou.

25. Imitar outros ministros
- Cada um de nós tem características diferentes. Deus nos fez assim! Deus quer nos usar do jeito que somos, com os dons, talentos e as características que Ele nos deu.
- Muitos caem no ridículo quando imitam trejeitos, frases, modo de cantar de outros ministros, etc.
- Cuidado com palavras da “moda”, tipo: “shekiná”, “nuvem de glória”, “trazer a arca”, “chuva”, “noiva”, “abraça-me”; ou então, expressões com duplo sentido, “quero deitar no seu colo”, “quero te beijar”, “quero ter um romance contigo”, “quando Deus penetrou em mim, eu fiquei feliz”, “Quero cavalgar contigo”, etc.
- Não quero ser radical e dizer que há problemas em utilizar estas expressões. Porém devemos refletir o que temos cantado em nossas igrejas. Muitos cantam e compõem canções enfatizando essas expressões, muitas vezes sem saber o significado e sem nenhum propósito, fazem isso apenas por ser uma expressão do “momento”, ou para dar uma idéia de “intimidade” com Deus, tornando-se infelizes nas colocações das palavras, até mesmo com um duplo sentido. Cuidado, intimidade sem reverência vira desrespeito!
- É verdade que Deus nos convida para sermos seus amigos, mas cabe a nós dar a glória devida ao Seu nome! Ele é nosso amigo, mas é nosso Deus! Não devemos tratar Deus como nosso “coleguinha de escola”. Cuidado para que, em nome da “intimidade”, você não perca o respeito e temor a Deus. (Exemplo: A visão de Isaías no cap. 6 – “Ai de mim...”)

26. Deixar o auditório em pé por muito tempo
- Não canse o povo! Ficar em pé 30 minutos é uma coisa, e outra coisa é ficar em pé 50 minutos. Esteja sensível ao ambiente.
- Um público jovem consegue permanecer em pé por mais tempo, mas um público mais velho acaba se cansando mais rápido. Não há nenhum problema em adorarmos a Deus sentado.

27. Deixar de participar de outros momentos do culto
- Muitos músicos são irresponsáveis e acabam comprometendo o andamento do culto. Participam apenas do momento dos cânticos, mas logo após saem do culto para fazerem outras coisas: conversar com amigos, comer, namorar, etc.
- Temos uma grande responsabilidade do culto que está em nossas mãos, por isso não podemos nos dar ao luxo de termos atitudes egoístas, infantis e irresponsáveis (I Co 3:1-2). Lembre-se: somos ministros de Deus!

28. Não ter um mínimo preparo para atuar na equipe de som
- É importante estudar e conhecer os equipamentos de som para poder utilizá-los da melhor maneira, evitando também danos nos equipamentos por causa do seu uso inadequado. Existem muitos “curiosos” atuando nesta área.
- Cuidado com o volume dos instrumentos para não saturar o ambiente e provocar incômodo aos ouvintes.
- Lembre-se que o volume das vozes deve ser maior em relação aos instrumentos para que as pessoas entendam o que está sendo falado ou cantado.
- Sua participação no culto é fundamental. Fique atento! Não fique “viajando”. Concentração total!
- Seja amável e educado quando as pessoas vierem te falar ou orientar algo relacionado ao som.
- Não atrapalhe a ministração. Quando surgir algum problema, seja discreto para poder solucioná-lo.
- Depois de mixado os volumes, não há mais necessidade de ficar mexendo na mesa de som. Portanto, não mexa, pois isso atrapalha o bom andamento da ministração.
- Cuide dos equipamentos e seja zeloso pelas coisas de Deus.

29. Não ter um mínimo preparo para atuar na equipe de dança
- Muitos são bem intencionados, mas não possuem o preparo suficiente para dançar.
- Expressão: é importante a expressão facial e corporal, e deve ser condizente com a música que está sendo ministrada.
- Roupas: é importante ser prudente e discreto para que não venha causar polêmica e escândalo dentro da igreja. Tomar cuidado para não tornar a dança algo sensual.
- Técnica e estilo: Todos devem conhecer os vários estilos (balé, street dance, etc), lembrando que cada estilo deve ser coerente ao tipo de música. O sincronismo entre o grupo é um fator muito importante.

30. Atuar no ministério por obrigação e sem alegria
- Quando realizamos a obra de Deus por obrigação não há alegria, mas se torna peso. Você gosta quando alguém vai fazer algo para você por obrigação? Será que Deus gosta quando vamos serví-lo por obrigação? Com certeza, isso não agrada a Deus.
- Se a obra do Senhor tem sido um fardo para nós ou estamos realizando o serviço por obrigação, então é melhor deixarmos o ministério.
- O nosso serviço deve ser com alegria – “Servi ao Senhor com alegria...” (Sl 100:2).
- Valorize o ministério! Valorize esse instrumento poderoso para a edificação da igreja e veículo de evangelização. Você foi escolhido por Deus, portanto, leve a sério o ministério!


“Filhos meus, não sejais negligentes, pois o Senhor vos escolheu para estardes diante dele para o servirdes, para serdes seus ministros e queimardes incenso” – II Cr 29:11