segunda-feira, 29 de julho de 2013

Todo ser que respira...

O Ministério tem tantos problemas, dá preguiça levantar cedo no domingo, os retornos estão ruins, o pessoal desafina e...

Vejam o vídeo e veja se estamos fazendo a coisa certa!


Melhor que ser músico, é ser adorador!

Boa semana!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Um culto vivo, a vida como um culto!

Quando falamos em Música e Artes, falamos de algo muito delicado, pois envolve sensibilidades, desejo de exposição pública e vaidade.

Envolve também a nossa percepção sobre nós mesmos. Há, de certa forma, uma busca por aprovação e aceitação. Admitindo ou não, aceitando ou não, gostamos de aparecer. Isso faz parte da natureza humana e faz parte dos atributos dos dons artísticos! FAZ PARTE!

Quem faz uma obra artística, deseja que esta obra seja vista, apreciada: quer um público. A arte é uma poderosa forma de expressão e de comunicação, que requer uma audiência. Como dom de Deus, funciona muito bem, mas quando nesta equação colocamos a nossa natureza humana, decaída e pecadora, as artes, o louvor e a adoração a Deus, torna-se um campo minado, um campo de guerra, onde todo cuidado é necessário. E isso obviamente não é por causa de Deus, mas por nossa culpa! Estamos efetivamente diante de um guerra na qual várias batalhas são travadas, batalhas individuais e batalhas coletivas. Não há como ficar neutro!
 
Nosso ministério está envolvido nessa batalha, em um local específico: o momento do culto!
 
Por isso é importante falarmos do culto, algo muitas vezes banalizado, tornado ordinário, sendo suprimido em alguns modelos de igreja em células ou usado como forma de manipulação das pessoas!
 
Células, discipulados, Escola Dominical são métodos importantes e necessários, mas não substituem o Culto, a reunião do povo de Deus com o propósito de louvar, adorar, confessar e ser desafiado e abençoado como corpo, como povo.
 
Dimensões do Culto
 
O culto como Mistério – O bispo Adolfo, quando era pastor na IMESA, afirmava que o Culto era mistério. Podemos planejar os cânticos, elaborar a liturgia, separar textos bíblicos, mas não podemos controlar como Deus vai agir e nem como as pessoas serão tocadas por Ele.

Precisamos lembrar que o dono do culto é Deus, e que o Espírito Santo pode atuar livremente, desde um vento suave até como um estrondoso terremoto, e que a mesma palavra pregada por um será recebida por muitos de maneiras diversas, com diferentes aplicações pessoais, pois Deus fala ao povo, mas também fala individualmente. O mesmo vale para as ministrações nos momentos de cânticos.

O culto é mistério, pois devemos sair com algo diferente, mas para isso devemos entrar com a mente, a alma e o coração abertos, desejando algo a mais, e não apenas fazendo mecanicamente a nossa parte, “batendo o cartão”. Isso é banalizar o culto. Precisamos entender que ali é lugar privilegiado da manifestação de Deus. É o momento escolhido pelo Pai para instruir seu povo e para receber o incenso suave do louvor e oração das vidas que formam o corpo de Cristo JUNTOS, que deve se preparar durante a semana para esse encontro especial! Por isso é HONRA ministrar nesse momento único.

O culto é Sinal – O ajuntamento de pessoas deve sinalizar que há algo diferente e importante acontecendo. Quando na rua as pessoas veem um grupo olhando para o mesmo lugar, acabam parando para prestar atenção, para ver o que está acontecendo! Onde há um grupo de pessoas com o mesmo foco de atenção, há a curiosidade dos outros que estão de fora. Assim deve ser o culto e seus participantes. A nossa atenção e entrega àquele momento deve despertar o desejo de participar dos que estão fora. “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor” (Salmo 122.1).

O Culto é oferta – ofertar não somente financeiramente. Oferta é muito mais que dar dinheiro, pois o que deve ser ofertado é a vida! Esse é o nosso sacrifício de louvor: “Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13.15). Não trazemos mais carneiros e bodes, pois Jesus foi o sacrifício único e perfeito por toda a humanidade, por isso, em uma troca injusta, pois valemos muito menos, oferecemos simbolicamente nossa vida total no altar, por meio de nossas orações, cânticos, expressões de adoração e gratidão e também nossos bens.

O culto, assim como a Escola Dominical e outras reuniões da igreja é local de aprendizagem, de doutrinamento e partilha de valores comuns e importantes à vida e à identidade da comunidade cristã, e por tratar de valores pessoais e coletivos, chegamos a outra dimensão do culto.

O Culto é confronto – um momento especial, diferente do dia a dia, mas que deve influenciá-lo. No culto, na tradição litúrgica protestante, iniciamos invocando a Santidade do Senhor por meio da Adoração ou dos momentos de invocação. Quando adoramos, refletimos sobre a santidade de Deus e, como uma folha branca colocada sobre uma luz forte, vemos toda a nossa imperfeição.

1) Durante o culto a SANTIDADE de Deus confronta e revela a nossa PECAMINOSIDADE.
2) Durante o culto é pregada e revelada a Palavra de Deus, CONCEITOS DIVINOS confrontam nossos CONCEITOS HUMANOS.
3) Pela Palavra nos é revelada a VONTADE DE DEUS, que se confronta com a NOSSA VONTADE. Esta dever ser submetida à primeira: “seja feita A TUA vontade”, assim oramos.
4) Enfim, Deus revela sua própria glória, que ofusca toda a nossa tentativa de aparecer, nossos talentos, dons e orgulho: “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Romanos 11.36).

Todas essas dimensões do culto mexem com nossa sensibilidade, sobretudo a última.

Muitas vezes chegamos a acreditar que somos nós os responsáveis pelo mover de Deus no culto. É como a história do galo que cantava todas as manhãs antes do sol nascer. Durante o dia ele falava a todos os outros animais que o sol nascia devido ao seu canto. Ele realmente acreditava que fazia o sol nascer com seu canto “ungido”. Até que um dia ele perdeu a hora de cantar e... o sol nasceu sem seu canto!

Não podemos ter essa síndrome de galo. Não fazemos o sol nascer, mas podemos, pelo menos, acordar os outros para ver o sol nascer e para viver mais um belo dia! Temos que ter consciência que estamos aqui para servir!

Temos dons, talentos, devemos mostrar esses dons e talentos para os outros, mas que eles sirvam para que todos vejam que o sol nasceu, ou seja, que através das músicas, vozes e instrumentos, levemos as pessoas a olharem para Deus.

Por isso o culto é lugar de batalha, batalha espiritual! E a batalha não começa exatamente com um inimigo externo, começa dentro de nós, contra a nossa própria carnalidade, nossas próprias fraquezas, nosso próprio caráter.

Somos artistas, músicos, cantores. Gostamos quando alguém elogia nossa performance e isso é bom. Queremos e devemos fazer bem nossa tarefa – “Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo” (Salmo 33.3).

Isso faz bem pra alma. Até mesmo em um show secular nos sentimos bem com uma música bem tocada e bem cantada. Há uma verdadeira emoção lá, e isso é lindo, mas devemos ir além. Para isso, mais do que ser um bom músico, mais do que ter um caráter de músico (ou cantor, ou artista), temos que buscar, em nosso ministério, desenvolver em nós mesmo o caráter de Cristo Jesus. Ele deve ser o centro, a motivação principal. Este é o foco que devemos buscar individualmente e em grupo, como ministério, parte do corpo: apontar e exaltar a Jesus Cristo.

Que possamos crescer assim, desenvolver nossas sensibilidades com amor e respeito, não sendo sensíveis somente às nossas questões, mas sensíveis a ponto de sentir a dor do outro, sentir os ventos e sinais do Espírito, sensíveis à presença de Deus.

Que possamos crescer, tanto musicalmente (fazer bem feito e cada vez melhor), com dedicação, tempo de estudo, de ensaio, como em comunhão, orando juntos, convivendo mais, gastando tempo com as pessoas e os assuntos do ministério  de louvor.

E claro, nos fortalecendo espiritualmente, pois o inimigo está à espreita. Lembremos de Efésios 6.12: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”.

Diante disso, propomos um pacto ministerial de amor, comunhão e oração. Proponho uma renovação de aliança, uma nova consagração para o ministério de louvor, o Ministério de Música e Arte.

Assim fizemos em nossa reunião. Se você não esteve presente, faça isso agora e procure um dos lideres para confirmar sua decisão de continuar caminhando junto neste trabalho.